quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Se eu pudesse viver minha vida novamente..."

Publicado em 10/04/2007
wiki repórter
Mineirim das Gerais
Belo Horizonte-MG
http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=933

"Se eu pudesse viver minha vida novamente...", de Rubem Alves.


Consubstancialmente a vida se vivida novamente sobre o mesmo prisma há de se reproduzir os mesmos resultados de outrora.

Se partirmos do pressuposto da díspare probabilidade vívida na variabilidade do reflexo contido em cada ato vivenciado, nos é provável como resultante a lei universal e inexorável da ação e reação.

Desdenhar o efeito mister, é o mesmo que imaginar um universo pleno, ao qual sua constituição se baseia na excelência tecnológica que permeia na coetaneidade, logo tudo o que consideravelmente era passível da imprevisibilidade, se faz programado, pronto e acabado.

Projetar-se ancestralmente sem considerar a imutabilidade do meio-presente, nos coloca questões físicas-psíquicas-espirituais, não somente invariáveis entre sis em quaisquer estágio evolutivo da formação humana, melhor da condição-humana.

Pensar o homo-sapiens na proposição sapiens-sapiens é substancialmente apreender a organização constitutiva em sua condição-humana. O objeto se faz subjetivo a si mesmo, pode-se compreender sua complexidade ante ao mais novo tempo, psíquico-físico-espiritual, com isso tem-se sua gênese transfigurada em homo-sapiens-sapiens-tecnológico.

O espiritus-humonus há muito desvencilha e atenua-se ante a´lma, sua languidez impossibilita o desejo pleno e vivaz em nossos corações, o Sagrado destitui-se e toda Natureza do Sagrado germinado em nós, é suplantado por um pensar errôneo, um pensar condicionado a suprimir o Espírito da vida.

Respeitosamente, exponho minha percepção após ler o vosso livro “Se eu pudesse viver minha vida novamente...”, talvez venha à possibilidade remota de ainda não ter tido os frutos esperados, a caminhada não tangenciou o marco zero do alvorecer, melhor do renascer do Espírito-adulto-menino.

Creio que não terei dificuldades em reconhecer o nascer-de- novo em um estágio-último da vida, a velhice, uma vez que, para mim, ser criança é poetizar a vida, gozar na barba do Sagrado, ou puxar a saia da magnânima Natureza do Sagrado, e sentir sua feminilidade, é correr pelas ruas sem pinche e ter a garganta seca com o gosto virgem da terra, e comer o feijão e o angu carinhoso de uma tia-mãe-vó no interior de Minas, é ver a noite refletir em seu céu estrelado um amanhã eterno.

O respeito não apenas pelos Títulos Intelectuais conquistados, o respeito principalmente pelo fato de reviver a criancinha messiânica, pelo valsar da borboleta no jardim de flor de lis, amarílis, margaridas, cravos, tulipas, copo de leite e pelo escorregar de um belo beija-flor no arco-íris de Minas.

Abraços fraternos,

Wellington Bernardino Parreiras


Mineirim das Gerais

27/12/2006


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