Há dias palavras tolhidas
Rastejo no sublunar
Mineirim das Gerais
Primavera de 2008
23:00
Mineirim das Gerais
Primavera de 2008
23:00
Sou morto!
Vivo morto!
Morto vivo!
Desteço o fio
Em mim
Fim sem vida
Alma esvai
Gélida e perdida
Qual jardim há alegria?
Onde repousa magias?
Aí noite vazia!
Mineirim de Lorena
Primavera de 2008
13:35
Gratidão reluzente
Deus me presenteou com uma estrela cadente reluzente, sua passagem efêmera pousou no límpido céu iluminado e entre meus passos lentos e longos, contemplei longamente o luzir envolvente.
Por instantes a estrela no firmamento estrelado, pára ! Meus olhos entre as folhagens da árvore simula o vento, meus pés agiram mais rápidos ou em igual cadência que meu cérebro, a mente pôs a seguiu os pés, diante uma combinação de movimentos meticulosos pude sentir o encantamento estrelar. Veio o naufrago racional, jaz a racionalidade sabotava ao sensível sentido de meus humildes olhos, seria um foguete festivo? , Sinto a defesa de meus ouvidos meticulosamente respondem a minha tola descrença, revelando-me a ausência de estrondos, volto-me ao brilho reluzente da estrela cadente, e peço os meus três pedidos presentes.
Agradecer a experiência que outrora em minha tenra infância e adolescência era uma constante, seria prazeroso recorrer-me a escrita ou ao prosear em um banco defronte ao Lar humilde e simples, entretanto, repleto de alegrias, de afetos e de sabedoria, ou na cozinha ao cozer do alimento entre um e outro dedo de prosa, as imagens seriam visíveis com mais facilidade diante ao imaginário alheio.
Hoje no estágio adulto de meus trinta e quatro anos, poderia sim, permitir ao meu eu poético valsar como beija-flores no jardim repleto de tulipas, flores de lis, orquídeas, amarílis e jasmins, embriagar-me no brincar das letras-palavras, nos encontros das letras-palavras, na sonoridade de seus sons palavreando a existência do homem, agradecer entre a valsa sideral a harmonia cósmica, colorir como o arco-íris pinta o firmamento, os sonhos sidérios, contudo, se faz desnecessário, já que, a gratidão reluzente se manifesta no processo sinergético do desejo de Deus em cobrir-me de afeto eterno e fraterno.
Diante a pequenez do entendimento humano, como substancialmente expressar Deus e toda sua Natureza em laudas virgens e em palavras proferidas desprovidas de contextos-lógico-real?
Acredito que tal experiência é um ato de Deus, foi Ele quem me escolheu e acredito que outros irmãos também foram consagrados, mesmo que em espaços e realidades distintas.
Deus me presenteou com uma estrela cadente reluzente, sua passagem efêmera pousou em uma essência adormecida, luziu o sombrio e aqueceu a fonte, retroalimentou a terra e povoou a casa-Lar, despertando o menino-homem que hoje homem-menino se frustra no universo adulto gélido e turvo, de espelhos trincados e de espíritos tresloucados.
Wellington Bernardino Parreiras
Mineirim das Gerais
Primavera de 2008
25-10-2008 23:40
Ausência de Consciência Político-Educacional!!
Crítica ao Humorismo Brasileiro!
Estimada Elândia,
Expresso nesta lauda minha concepção sobre as possíveis contradições do artista “Tom Cavalcante”, e minha aversão ao humorismo brasileiro, este que inviabiliza e desvencilha a capacidade e a responsabilidade de uma reflexão-político-participativo, ou seja, isenta as pessoas de atuarem na vida pública-política, suplanta a potencialidade alheia e ao mesmo tempo des-focaliza a raiz da problemática por meio de uma anedota ridícula.
Acredito e defendo que no Currículo da Escola sejam implantadas e implementadas duas essências de Utilidade Pública.
Em plena convicção critico a ausência de democracia no Brasil, posto que, convivemos com um Estado desprovido de Educação e Formação Moral e Ética de seu povo. Os resultados das eleições de 2008 nos convidam a repensar sobre que Belo Horizonte almejamos para nós e nossos descendentes.
Não questiono o papel de um ator e nem desconsidero seu talento, no entanto, como acreditar em uma pessoa que só se manifesta politicamente em um período específico na História da Política?
Quantos atores se equilibram num vaivém publicitário nos espetáculos midiáticos de nossa vexatória impressa televisiva, nos múltiplos recursos provinientes da internet?
Quantos em prol de sua sobrevivência suplantam Josés e Marias nesse vasto Brasil repleto de analfabetos políticos que em sua ignorância famigerada entregam suas vidas as referencias efêmeras que no piscar de olhos viram a casaca?
Preocupo-me com a epidemia papagaiolândia que suplanta em sua supremacia nos rincões do meu amado Brasil.
Quanta gente sem saber que existe o refletir, o decidir, o exigir, o ditar, por fim o impugnar, por isso, minha consciência em sua sensibilidade conhece que o conhecimento só é válido se for re-conhecido, é preciso sentir-se parte do que é conhecido, muitas coisas nós conhecemos, entretanto, desconhecemos por não termos o “sentimento de pertencimento de”.
Quando pertenço a algo ou a alguma coisa, eu participo em número, gênero e grau, eu vivencio e o existir se faz vivaz, se faz pleno e dinâmico.
Abraços fraternos,
http://mecanismodavidaconsciente.blogspot.com/
Wellington Bernardino Parreiras
26/10/2008
12:00
Meu querido amigo Lindemberg (*),
"O indizível prazer de viver não se experimenta enquanto não começamos a encarar nossa vida como o principal dos trabalhos que devemos empreender."
Meu querido, permita que eu me apresente a você? Meu nome é Wellington, sou de Belo Horizonte, tenho hoje 34 anos e um filho de 13 anos. Faço pedagogia na Faculdade do Estado de Minas Gerais e estou desempregado no momento. Quero estar contigo no seu dia-a-dia, posso ser teu amigo?
Quero compartilhar com você algumas dificuldades que passei e que graças a Deus e a algumas pessoas boas, eu superei e ainda supero. A vida é assim, ora tudo é maravilhoso, tudo está ao nosso controle, ora tudo parece horrível. Eu disse parece horrível, meu querido, nada é pior do que acreditar que há momentos difíceis que jamais iremos superar e permitirmos a nós mesmo, reinar em nossa mente um sentimento de impotência.
Lindemberg, eu já passei fome e meus pais não sabem disso. Ao sair de casa, eu acreditei que seria capaz de superar a vida, eu não podia querer ser homem responsável pelos meus atos ainda dependendo de meus pais. Eu resolvi sair do lar deles. Se eu fosse lá e obrigasse eles a me sustentarem, não seria responsável. Eu tive que rebolar. Amo demais minha família, mas eu tinha que ter meu espaço, tinha que construir meu lar.
Morei com a mãe de meu filho por alguns anos. Quando ele nasceu, fiquei doente – ainda estou, tenho uma infecção nos membros superiores, nos ombros e cotovelos e punhos das mãos, doença que não tem cura.
Imagine você, com um bebezinho e de repente ser afastado do emprego e passar a receber uma quantia menor que o salário mínimo? Eu recebi uns R$ 600,00 em 1996 e passei a receber R$ 46,00. Eu tinha comprado de tudo para casa. Cara, fiquei desesperado, eu só encontrei uma saída: pedir que a mãe dele voltasse para a casa dos pais dela. Todos nós sofremos muito, principalmente meu querido Kevin.
Muitas mulheres não sentiram nada por mim e outras que me amaram já deixaram de amar. Não pude culpar nenhuma delas, pois não podemos obrigar o outro a gostar de nós. O que podemos e devemos é respeitar a individualidade e o desejo do outro de manifestar seus sentimentos, mesmo que os sentimentos não sejam os que gostaríamos que fossem.
Somos dotados de capacidades que auxiliam na reconstrução de nossa história de vida. Conte comigo, vamos ser amigos, a vida continua, eu sei que nem você sabe o que te levou a agir assim. Às vezes somos movidos por emoções que desconhecemos, eu te entendo. Venha e me dê às mãos, vamos superar tudo que lhe faz triste, mas para isso você deve amar a si mesmo.
Quando amamos a nós mesmos, somos capazes de vencer todas as dificuldades. Acredite em Deus e em você. Meu querido, volte para os braços de sua família, eles irão te aceitar com o mesmo carinho de quando você nasceu. Liberte sua ex-namorada, permita que ela seja sua amiga. Liberte a si mesmo. Você já viu uma estrela cadente cair do céu? Depois de fazer os três pedidos, volte a olhar para o céu e veja que novas estrelas nascem e outras permanecem no céu.
É assim a vida, vasta e infinita Acredite e seja sábio. Você irá encontrar sua nova estrela, ou quem sabe reconquistar a que você pensa que perdeu. Meu querido amigo, não somos nós que escolhemos os amigos certos e nem os companheiros no amor. É Deus que nos envia as pessoas certas.
Caríssimo irmão, a vida é somente uma, porém, seus estágios são muitos, e o que precisamos é enxergar e compreender cada etapa do viver. Para isso é preciso voltar-se para o universo das ciências, da sabedoria popular e para o encontro íntimo com o sagrado.
Ouça o que Deus te fala. Seja um homem consciente de sua consciência, consciente de como é estruturada a vida paralela, ou seja, o convívio com o outro. E se coloque no lugar do outro, não faça o que não gostaria que fizessem contigo.
Eu te espero.
Abraços fraternos!
wellbernardino@gmail.com
Wellington Bernardino Parreiras
(*) NOTA DO EDITOR - Lindemberg Alves,de 22 anos, mantém a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, como refém desta a tarde de segunda-feira, em um apartamento de Santo André (SP). .
Publicado em 16/10/2008
Política e Politicagens….
O discurso é um momento livre, é a materialização do imaginário do homem, logo, são em muitos casos palavras soltas ao vento.
Caro Quintão, de falácias o povo brasileiro é perito. Ops, seria se não fosse roubado desde seus ancestrais o direito a dignidade socioeconômica e sócio-educacional.
Meu caro, não sei o que é destoante, se o seu discurso utópico ou se a realidade selvagem. O sentimento de esperança é hoje a maior ferramenta política que os políticos brasileiros se apropriam.
A Esperança é a redentora da dignidade moral e ética, é ela que suscitará um novo povo, é possível diagnosticar isso nos trabalhos de Paulo Freire, sim, seu pertencimento com a libertação de seus co-patriotas e a Teologia da Libertação de Leonardo Boff que nos retroalimentam sabiamente.
Na esperança dos objetivos, prometemos... eu prometo, tu prometes, eles prometem... promessas são afirmações solenes de alentos para dias melhores que buscamos.
Como é possível em seu discurso e dos demais, um Estado justo, saudável e auto-sustentável nos dias de hoje em que o dogma político-econômico imperializa e assola a massa?
O neo-capitalismo se restabelece na junção entre ciência e tecnologia. Pressupõe-se de que tal junção deveria promover a qualidade de vida, entretanto, ocasiona uma catástrofe ética e moral em prol de um individualismo compulsivo.
Ressignificar a desigualdade e a miséria que expande significativamente nossa Belo Horizonte é uma questão de princípios constituintes de um Estado Democrático e Social de Direito ou meramente pautado sob uma ideologia político-econômico?
Os discursos evidenciam que a miséria e os descasos com a saúde, a educação, o lazer, o trabalho digno, a moradia e outros bens essenciais a vida humana e de todo ecossistema são reparáveis e passíveis de uma existência sem exploração tanto da massa assim como dos recursos naturais.
O que nos faltam não é a vontade política, não acredito e nem gosto deste termo, penso e defendo que, o que nos faltam é vergonha e senso moral e ético, a falta de consciência moral nos põe em questão a racionalidade, está que nos destoa de outras espécies. Se respeitássemos a nossa Constituição Brasileira não tolheriamos a dignidade presente em suas laudas e principalmente na formação da Nação.
Conscientemente irei anular meu foto para o 2° turno, pois, não me resta outra opção senão registrar minha decepção e indignação política.
Uma coisa é certa, no Lacerda eu não voto não, quanto ao Quintão, ele não me transmitiu algo coerente e coeso, me parece superficial, mas, quem sabe, se em uma conversa cara a cara eu possa rever meu posicionamneto.
Atenciosamente,
Wellington Bernardino
14/10/2008
Na semana passada, no dia 06 de outubro de 2008, ao assistir uma aula de oficina de produção de texto, com a adorável profª. Daniele, na Escola Municipal Professor Hilton Rocha, a mesma em que conheci o Poeta Mirim, Caitano, tivemos como para-casa, pensarmos na carta cantada por Erasmo Carlos e Renato Russo e criarmos outra em resposta, fictícia, em resposta aos nossos sentimentos.
Sociabilizo a minha singela carta....
A carta...
Minha flor
Respondendo lhe as bem traçadas linhas de amor
A saudade que lhe roubou o céu é a mesma que me privou o sorrir
Desejo que nos perdoemos pelo mal-entendido
Nossa maneira de demonstrar afeição é diferente,
Mas o sentimento é de igual intensidade, mesmo distante
Li suas doces palavras
E a distância me violenta
Ao não satisfazer os nossos desejos imediatos
Meu bem, na vida não há mais ninguém alem de ti no meu jardim florido
Realmente tanto tempo faz,
Desde o vôo há três horas atrás
Tive a mesma certeza do paraíso
Em teu dócil olhar
Me faz sentir o ano voar
E a última chance de verdadeiramente amar
Ao me apaixonar...
Também vi em teu olhar
Que o mar ausente nas Serras de Beagá
Limitar-nos-iam o entusiasmo e barreiras a derrubar
Do teu sempre, sempre teu...
Jardineiro
Mineirm das Gerais
06/10/2008
20:00
Crie também a sua resposta, permita que teu sentimento, seja qual for, se em correspondência semelhante ou simplesmente um entusiasmo e nada mais, mas, não deixe os sentimentos declarados na carta solto ao vento.
Abraços Fraternos
Em solidariedade a fotografia de Lorena Lee
http://www.brasilwiki.com.br/foto.php?id_foto=1684&id_galeria=3
Publicado em 30/09/2008 pelo(a) wiki repórter Lorena Lee , São Paulo-SP
Mesmo explorado e podado pela companhia de energia elétrica, o pobre Ipê ainda se esforça para dar lindas flores e enfeitar com sua beleza a triste paisagem dos homens.
Foto: web
1 de Outubro de 2008 09:59
Publicado em 10/04/2007 http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=933 "Se eu pudesse viver minha vida novamente...", de Rubem Alves.
27/12/2006 |
---|