quinta-feira, 28 de junho de 2012

Notas Musicais do Amor


    



Do Amor





O amor é sol do girassol
Às vezes um só que finda em dó
Entre soluços apenas o nó

Admirações que alagam o lençol
Sensível sentimento desarmônico
Sol – lá – ré – dó – supersônico

No vácuo um jardineiro sem ar
Nem pétalas para cuidar
Mi – fá – si – Lá  

O amor revela inexistente o beija-flor
Quimeras impressões de seu valsar
Em busca do néctar o verbo amor

O amor por ressignificar
Faz jardim onde há mar
Num instante colore o ar, pétalas

Quando asas coloridas de borboletas
Reflorescem o entrevôo aos sons sutis
Impressões Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si
E desperta no jardineiro seu jardim
Simples assim
Mineirim das Gerais
28/06/2012
05:45

sábado, 9 de junho de 2012







Eu não sei na verdade quem eu sou...

Volta e meia, não sabemos quem somos, natureza comum a todos nós, máxima inegável, caso contrário nos encontraríamos melhores, enquanto seres, visto que ainda não nos evoluímos em igual proporção aos avanços científicos e tecnológicos, contudo desprezamos a fonte vivaz que nos trouxe os demais conhecimentos, sim me refiro ao autoconhecimento de nossa psique humana, a tememos pelo simples fato de nos redirecionar em estados racionais em que nos assemelham à criança que ainda tem muito a aprender... 

Além de considerar que ingenuamente que nunca atingiremos um amadurecimento humano adulto, visto que não nos traria um fechamento ideológico de que um dia nos tornaríamos um ser pronto-acabado, totalmente estruturado e sem vinculação com os seres passados, estes tão essências para nossa formação humana, já que será irrevogável nossa sucessão de seres, ou seja jamais poderemos negar os tempos idos de nossa natureza formativa, iremos sempre resgatar consciente ou inconscientemente os estágios da infância, dos prazeres constitutivos do ser criança, do desbravar da adolescência e juventude e por fim a inconclusiva estação do ser adulto que não se finda e não compreende sua função psicológica e biológica.... 

Sabemos o que é ser criança, o que significa a infância, o adolescer e a juventude, porém não sabemos o que seja o tornar-se adulto, sobretudo em nosso tempo tão desprovido de expectativas sobre o envelhecer, talvez se compreendêssemos e não relutássemos com a ideia de envelhecimento seriamos capazes de compreender o que seja ser adulto e o quão tão linda e significativa seja sua natureza em sintonia semelhante foram em seus devidos tempos as demais sucessão de seres vividas por cada um de nós.

Eu não sei na verdade quem eu sou...

Causa um assombramento referente à existência em função do peso da pena que pesa a vida, transpomos para o ser, os sentidos e significados da materialização da subjetividade do Espírito, tornamos alma o que era abstrato e valoramos as fôrmas ao invés essências que as tornam possíveis de seres tocadas e empregadas às necessidades meramente efêmeras da condição humana diante sua vulnerabilidade natural e por negação e audácia nos tronamos o primeiro e maior predador do planeta Terra, embora tantos seres sublimes nos fizeram e nos refazem o convite moral e ético para que nos posicionemos humildemente frente à Natureza que não nos escraviza, pelo contrário nos potencializa para que juntos ao pulsar da existência absoluta possamos dedicar e superar os mistérios contidos na sobrevivência comum.

Eu não sei na verdade quem eu sou... 

Na sociedade do espetáculo o Teatro Mágico nos sinaliza e nos permite reorganizar o ser, além de colocar em seu devido lugar o materialismo, nos evidência severamente os desequilíbrios comportamentais que trazem desesperanças em dose dupla tanto para como nossas crianças, adolescentes e jovens quanto a nós mesmos que ainda comungam com os mesmos princípios afetivos e racionais que ainda dialogam com as sucessões de seres pelas quais já passamos e ainda circundamos ao passo que nossas experiências foram repassadas as novas gerações, estas que sem compreender ao certo o que lhes acondicionam num mal-estar existencialista se desmancham ao assistirem declinar diante seus olhos e sentimentos os heróis que um dia lhes ensinaram o significado de ser humano.

Abraços fraternos,
Wellington Bernardino Parreiras 
09/06/2012
12:20

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Céu no Andar de Baixo - Leonardo Cata Preta





Estimado Leonardo Cata Preta,

Filosoficamente fantástico o sensível documentário que apresenta nossas perspectivas contidas nas entrelinhas da existência, tão comum a todos nós, bem como tão real seu estado, este que permanece no conjunto dos silêncios silenciados pelos distintos elementos sociais, pelas ausências de sensibilidades para com o outro e nós mesmos, ausências presentes de tantos quando’s de nossas vidas em que cada céu despercebidamente nos suplanta indistintamente em detrimento da ilusória aparência quando construímos miragens distorcidas em função das promissões de uma sociedade solidária e feliz.  

Abraços fraternos,
Wellington Bernardino Parreiras
08/06/2012
14:20