domingo, 18 de setembro de 2011

Entre florindo querubins

Entre florindo querubins


Ali entre seus doces olhares e seu sorriso arco-íris

Sinto o vôo do beija-flor

Valsar por entre jasmins


Em busca do néctar do verbo amor

Íntimo de uma jovem e bela flor


Sua docilidade jardim

És o que a percebo diante de mim


Em sua fotografia

Contemplo toda sua geografia

Latente a florir


Entre florindo querubins

Com notas sutis

De sua voz


De repente desperta o girassol

Em dias sem sol

Tal qual a nós


Mineirim das Gerais

18/09/2011

13:52

Entrego-te-a-ei contas de rosário secas


Entrego-te-a-ei contas de rosário secas


Tua natureza meio despida despe minha quietude

Excita um ensaio de plenitude


Entregue às imagens sacio

Com as gotas picantes o cio


Curso a sedução sobre sua pele

Sem pressa reverencio a camisola

Não importo com os ponteiros, faço-me hora


Sua meia 7/8 em meus tatos me lança de joelhos

Entrevejo


Pauso por engano, julgo-me profano

Constato que as nuvens em minhas mãos

Eram frutos de ilusão


Entrego-te-a-ei contas de rosário secas

Sem receios que nu perca

Os gélidos respeitos


Os lábios em seus seios

Eis o que no instante desejo


Minimamente entre beijos

Encontrar acolhida em seu umbigo


Alçar vôos de beija-flor

Pousar no verbo


Ouvir soltos


Mur-mú-ri-os


Entre coxas o néctar

Sentir pulsar


No oceânico

Gozar

Ir a-mar

Adentro

Não mais bento


Mineirim das Gerais

18/09/2011

00:31

sábado, 17 de setembro de 2011

Via Única

Infâncias de Rousseau


Via única, via múltipla , - vida - , com atores diferentes vingam suas sementes a revelia, via única, múltipla via que des-via...

Mineirim das Gerais
17/09/2011
12:21

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Estou de luto, puto exacerbado


Estou de luto, puto exacerbado

Recordo que quando adolescente e no fluir de minha juventude nas mídias eram noticiados suicídios, pelo menos em Belo Horizonte, o tempo esvai e juntos esvaímo-nos em conformidade as correntes evolucionistas e desenvolvimentistas da sociedade e por haver um controle social exacerbado, novas culturas dissimulam e nos dissimulamo-nos em fina sintonia, mas a que preço? O Mundo e as pessoas vão muito bem obrigado, indicadores negativos nos rebaixariam moralmente ao primitivismo. Criamos uma sociedade falsa porque somos pessoas falsas que medrosas evitamos os bastidores de nossas atuações nas esferas sociais, PORRA UMA PESSOA SUICIDOU, PORRA OUTRA PESSOA SUICIDOU, PORRA OUTRA, OUTRA, OUTRA, OUTRA, OUTRA, E OUTRA QUE É TÃO PRÓXIMA A TI, SUICIDOU COM A PROFUNDA DEPRESSÃO, COM O VÍCIO DE DROGAS, ASSASSINATOS, E POR AÍ VAI...

Uma singela homenagem para Cris Tupinambá ex-universitária da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais, o universo dos homens perdeu uma Pedagoga e os céus e os ancestrais do Tupinambá resgataram uma mulher-menina e Pedagoga.

Estou de luto, puto

Por tantas idas sem destino

Por tantas obras do destino – sociedade –


Puto, estou de luto

Estourou

O estopim de gente semelhante a mim


Flashes volta e meia soam um sim

Quais sinos sem querubins


Rondam-me vozes suicidas

Pesam páginas em branco

Vidas se fazem pranto

Em dias cinzas


Por instantes sinto-me suicida nômade

Margeio as correntes

Com os pulsares distantes


Latente

Lá entende

La-ten-te


Ei psiu,


Tente

Sente

É gente


Mineirim das Gerais

14/09/2011

23:49

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Seja Zé, Maria ou João


Seja Zé, Maria ou João


Tenho sentimentos de um Brasil fantasia

Tenho uma expectativa comum,

Sou ainda herança


Por gerações inicia-se doce esperança

Em seguida privam o seio à criança

Ao adolescer nu


À Cida hão de dar pão

Ah, se dá-dão, roubam-lhe o feijão


Macunaíma, forte identidade

Ingênua brasilidade


Em toada seguem à politicagem

Nas entrelinhas da sacanagem


Despatriotas

Roubam-lhes as notas

Dos compassos do pseudo cidadão

Seja Zé, Maria ou João


Mineirim das Gerais

07/09/2011

23:50

Coldplay - The Scientist (Legendado) - YouTube

Expectativas Vãs


Em se tratando de relacionamentos que se acabam ou encontram-se a deriva, não acredito que voltar ao começo seja possível, porque os erros ou os pecados passados serão sempre elementos infernais, fantasmas. O casal gradeia-se entre o presente e a possibilidade improvável de um futuro ancorado em momentos bons tidos no passado, acredito que isso não seja suficientemente raiz para reflorescer os jardins contidos nos corações tanto da mulher quanto do homem.


Mineirim das Gerais

07/09/2011

02:06

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

:: “Eu mergulhei nos teus beijos quando abri o cofre da minha ilusão”::*

Escritos de Alice

Terça-feira, Fevereiro 08, 2011

:: “Eu mergulhei nos teus beijos quando abri o cofre da minha ilusão”::*

Ana desenha para passar o tempo, possui um pequeno negócio e é ávida amante de comidas frugais e vinhos brancos. É uma mulher extrovertida, engraçada e irônica, uma combinação agradável se somada a sua meiga face e seu sorriso fácil. Pedro luta Krav Magá, tem aversão a beterrabas [trauma de infância] e adora uma comida bem temperada. Eles se conheceram há aproximadamente 3 meses na turma de culinária internacional II, curso que fazem nas noites das quintas-feiras. Solteiros, em certa medida carentes, não demorou muito para que começassem a sair.

O viço da sedução em seu ápice faz com que se sorvam como se sorve água após uma maratona. Enfrentam-se com urgência, com olhos enfermos e transformam qualquer lugar em agreste. Pedro é um amante dedicado, atento aos mínimos detalhes da latência de um corpo. Ela o ouve e o segue docilmente. Para eles, o entardecer é visto como um chamado para que seus corpos sejam tocados, é quando suas mãos delineam coxas, peitos e perfumes.

No entanto, esses dois, desprovidos de força e de escuridão, às vezes, traçam conversas honestas e biliosas. A última provocou em Ana uma boa catarse, tanto que ao final mal conseguia esconder seus gemidos.

Há alguns anos, pessoas mais próximas e amigas escutam de Ana a seguinte frase: “não quero mais um namorado, quero um amor.” Dramatizações a parte, essa sentença apresenta uma de suas verdades. Pensando e se guiando por essa afirmação, ouviu domingo da boca de Pedro a seguinte colocação: “nós temos um relacionamento, mas não somos namorados.”

Palavra?

Imersa em si mesma, rememora as poucas semanas ao lado dele, a surpresa deixada no armário que causou um abafamento e um enorme sorriso, frases carinhosas ao longo dia que encabulam e desconcertam, sms provocativos que a umedecem, conversas deliciosas que só de ouvir a faz experimentar um êxtase divertido, passeios a museus e idas ao cinema transformadas em contemplação.

Ela se assombrou. Aquelas lembranças a conduziram a uma constatação que tomou conta de seu corpo. Febre. Tirou os sapatos, buscou contato imediato com a superfície. Uma serpente subiu pelo seu corpo e entregou-lhe o conhecimento. Aproximou-se da janela do quarto, apoiou-se delicadamente. Naquela noite, contemplou um céu urbano, frio e sem estrelas em agradecimento. Agradeceu por não viver as cobranças insensatas, por não presenciar a mendicância do afeto, por não ter que tentar estabelecer diálogo com alguém colérico em devaneio, agradeceu por ser livre, por vivenciar pitadas de amor, de delicadeza, de alumbramento, de tremedeira, de vontade. Pensou: Pedro, não namore assim comigo todos os dias. Deixe-me sempre em azeitoso espasmo.

Ana e Pedro não namoram, não vivem a rotina translúcida e opaca, não tem rótulo, mas se beijam muito. Ana e Pedro se (re)(des)encontram.

* verso retirado da música Beijos, de Cartola.

Desvendando você



Desvendando você

Karol Bovary e Mineirim das Gerais



Decifra-me em braile despudorado e sem vergonhas e onde tuas mãos em meu corpo percorrer, disponha!

Carol Bovary
via (msn)



Eu decifrar-te-ia entre tatos sensíveis enquanto num ato virgem de meus desejos pecadores, deliciarei no percurso de sua geografia e repousar-me-ei na umidade de teu gozo....



Mineirim das Gerais

05/09/2011

10:25

domingo, 4 de setembro de 2011

Ô amizade!!!!


Ô amizade!


Ali entre horas acabei pêndulo

Afixado no tempo


Preso ao relógio

Fiz-me soltado

Solto de mim


Ali...

No passear dos segundos

Toquei o fundo

E do poço


Sem rimas

O tic-tac dos ponteiros

Soavam tal como sinos

À meia-noite do meio-dia


Quando o pulsar de meus olhos

Diminuíam-se com o aproximar do pôr-do-sol

E o triste canto do rouxinol


Será noite de luar

A pratear

A lagoa de lágrimas

Quando o pêndulo ali entre horas

Parar, suspenso no ar


Mineirim das Gerais

04/09/2011

14:42

Por um jardim


Por um jardim


Repouso onde não há pouso,

Insaciável, ouso

Alçar vôos...

Porém atravancam-me gradis


Asas arco-íris,

Feridas persistem,

Ide além...


Colibri,

Vislumbra-te jardim

Entre páginas em branco,

Se ao menos um doce perfume de jasmim

Consolasse o pranto


De escritas cinzas

Pétalas coloridas

Faria


Tal como o rocio (orvalho)

Que reluzem raios sutis do sol


Ser-lhe-ia o maestro do rouxinol

E de seu íntimo o cio


Mineirim das Gerais

04/09/2011

12:15

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Gisbranco - Domingo no Museu - Belo Horizonte

DUO GISBRANCO

Piano, voz e criatividade em “Flor de Abril”, no Museu de Arte da Pampulha



O próximo show do projeto Domingo no Museu será um exercício de delicadeza. No domingo, dia 4 de setembro, às 11 horas, o Museu de Arte da Pampulha recebe o Duo Gisbranco para o show de lançamento do segundo disco, “Flor de Abril”, que marca o início da carreira internacional da dupla de pianistas, formada por Bianca Gismonti e Claudia Castelo Branco.

O projeto é uma realização da Veredas Produções e conta com o patrocínio da Tecnocal através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, sempre com o objetivo de apresentar boa música ao público que passou a utilizar cada vez mais o Museu como espaço de lazer e cultura.

Os ingressos custam R$ 10,00 e podem ser comprados no Museu e na loja Acústica CD´s a partir do dia 28/8, com a renda revertida para a conservação do Museu. Virtuosismo com consequência e arranjos inspirados são marcas registradas das duas instrumentistas, que após a serie de shows no Brasil parte para sua primeira turnê internacional, que terá apresentações em Amsterdam, Paris, Istambul e Zurique, em outubro de 2011.

No disco “Flor de Abril”, Bianca e Claudia ainda trazem verve e talento para a composição e para o canto. O disco traz 6 obras autorais, com destaque para “Sabiá e Beija-Flor”, letra e música de Bianca Gismonti, e “Serra do Céu”, música de Claudia Castelo Branco e letra de Marcos Campello. Bianca e Claudia mostram que além de pianistas e arranjadoras virtuoses, são donas de vozes belas e afinadas. Completam o repertório do CD músicas de Chico César, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Edu Lobo, Baden Powell e Villa-Lobos. Parte desse repertório foi destaque na apresentação do Gisbranco em janeiro/2011 na maior feira de negócios da indústria fonográfica, o MIDEM (Cannes/França). O disco traz ainda as participações de Chico César, Carlos Malta e Robertinho Silva.


Com um repertório único para dois pianos, o Gisbranco desenvolve um trabalho inovador, explorando ao máximo a sonoridade do instrumento, resultando em uma linguagem singular e pessoal. Bianca Gismonti e Claudia Castelo Branco integram a nova geração de artistas que renovam o cenário musical brasileiro com criatividade e bom gosto.


O show já passou pelo Rio, na Sala Baden Powell, pelo Tetro Municipal de Niterói e, antes da apresentação no MAP, a dupla estará no Auditório Ibirapuera no dia 28 de agosto. A turnê internacional começa no dia 2 de outubro, no prestigiado Concertgebouw, de Amsterdam e segue para Paris nos dias 05 e 06/10 no Duc des Lombards, e depois para Istambul (16/10) e Zurique (24 e 25/10).

Domingo no Museu

· Duo Gisbranço – lançamento do CD “Flor de Abril”

· Local: Museu de Arte da Pampulha (Av. Otacílio Negrão de Lima, 16585)

· Data: dia 4 de setembro- domingo

· Horário: 11 horas

· Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia-entrada)

· Ingressos a venda no Museu e na loja Acústica CD´s – Rua Fernandes Tourinho nº 300.

· Informações: 3277 7996