Estou de luto, puto exacerbado
Recordo que quando adolescente e no fluir de minha juventude nas mídias eram noticiados suicídios, pelo menos em Belo Horizonte, o tempo esvai e juntos esvaímo-nos em conformidade as correntes evolucionistas e desenvolvimentistas da sociedade e por haver um controle social exacerbado, novas culturas dissimulam e nos dissimulamo-nos em fina sintonia, mas a que preço? O Mundo e as pessoas vão muito bem obrigado, indicadores negativos nos rebaixariam moralmente ao primitivismo. Criamos uma sociedade falsa porque somos pessoas falsas que medrosas evitamos os bastidores de nossas atuações nas esferas sociais, PORRA UMA PESSOA SUICIDOU, PORRA OUTRA PESSOA SUICIDOU, PORRA OUTRA, OUTRA, OUTRA, OUTRA, OUTRA, E OUTRA QUE É TÃO PRÓXIMA A TI, SUICIDOU COM A PROFUNDA DEPRESSÃO, COM O VÍCIO DE DROGAS, ASSASSINATOS, E POR AÍ VAI...
Uma singela homenagem para Cris Tupinambá ex-universitária da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais, o universo dos homens perdeu uma Pedagoga e os céus e os ancestrais do Tupinambá resgataram uma mulher-menina e Pedagoga.
Estou de luto, puto
Por tantas idas sem destino
Por tantas obras do destino – sociedade –
Puto, estou de luto
Estourou
O estopim de gente semelhante a mim
Flashes volta e meia soam um sim
Quais sinos sem querubins
Rondam-me vozes suicidas
Pesam páginas em branco
Vidas se fazem pranto
Em dias cinzas
Por instantes sinto-me suicida nômade
Margeio as correntes
Com os pulsares distantes
Latente
Lá entende
La-ten-te
Ei psiu,
Tente
Sente
É gente
Mineirim das Gerais
14/09/2011
23:49
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