quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Estou de luto, puto exacerbado


Estou de luto, puto exacerbado

Recordo que quando adolescente e no fluir de minha juventude nas mídias eram noticiados suicídios, pelo menos em Belo Horizonte, o tempo esvai e juntos esvaímo-nos em conformidade as correntes evolucionistas e desenvolvimentistas da sociedade e por haver um controle social exacerbado, novas culturas dissimulam e nos dissimulamo-nos em fina sintonia, mas a que preço? O Mundo e as pessoas vão muito bem obrigado, indicadores negativos nos rebaixariam moralmente ao primitivismo. Criamos uma sociedade falsa porque somos pessoas falsas que medrosas evitamos os bastidores de nossas atuações nas esferas sociais, PORRA UMA PESSOA SUICIDOU, PORRA OUTRA PESSOA SUICIDOU, PORRA OUTRA, OUTRA, OUTRA, OUTRA, OUTRA, E OUTRA QUE É TÃO PRÓXIMA A TI, SUICIDOU COM A PROFUNDA DEPRESSÃO, COM O VÍCIO DE DROGAS, ASSASSINATOS, E POR AÍ VAI...

Uma singela homenagem para Cris Tupinambá ex-universitária da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais, o universo dos homens perdeu uma Pedagoga e os céus e os ancestrais do Tupinambá resgataram uma mulher-menina e Pedagoga.

Estou de luto, puto

Por tantas idas sem destino

Por tantas obras do destino – sociedade –


Puto, estou de luto

Estourou

O estopim de gente semelhante a mim


Flashes volta e meia soam um sim

Quais sinos sem querubins


Rondam-me vozes suicidas

Pesam páginas em branco

Vidas se fazem pranto

Em dias cinzas


Por instantes sinto-me suicida nômade

Margeio as correntes

Com os pulsares distantes


Latente

Lá entende

La-ten-te


Ei psiu,


Tente

Sente

É gente


Mineirim das Gerais

14/09/2011

23:49

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