terça-feira, 8 de novembro de 2011

Poeta ou Musa


Poeta ou Musa

Onde há poesia
No coração sensível do poeta
Ou na docilidade inspiradora?

Seriam os olhos que projetam embelezamentos
Ou a musa a reveladora
Dos encantamentos?

São cupidos pelos cupidos
Os adereços do coração
Ou os segredos do feminino
Que tecem o sentir da emoção?

Seriam os poemas instrumentos
Ou os sentidos floridos?
Eis a questão

O poeta quem poetiza
Ou a musa quem conquista?

Simplesmente
Paixões fluem
São polens

Mineirim das Gerais
07/11/2011
19:00

Poeta ou Musa



















Arte: Luiza Nogueira Maciel


Poeta ou Musa


Onde há poesia

No coração sensível do poeta

Ou na docilidade inspiradora?


Seriam os olhos que projetam embelezamentos

Ou a musa a reveladora

Dos encantamentos?


São cupidos pelos cupidos

Os adereços do coração

Ou os segredos do feminino

Que tecem o sentir da emoção?


Seriam os poemas instrumentos

Ou os sentidos floridos?

Eis a questão


O poeta quem poetiza

Ou a musa quem conquista?

Simplesmente

Paixões fluem

São polens


Mineirim das Gerais

07/11/2011

19:00

sábado, 5 de novembro de 2011

Vivo por ela

Amanhã estarei no show do ano com Andrea Bocelli

Vivo por ela
Vivo entre os encantos à luz de velas

Vivo por ti mulher
Meu bem-me-quer

Vivo por estar em mim
Eterno jardim

Vivo por que pulsa dias de flores
E me faz beija-flor

Vivo por ti doce miragem

Vivo por ti fantasia sem fim

Vivo por ti amor literário

Por ti vivo, basta agora me descobrir....

Mineirim das Gerais
05/11/2011
20:46


http://www.youtube.com/watch?v=ykOFubDVgek

Seja bem-me-quer




                 Artista: Luiza Maciel Nogueira



Seja bem-me-quer

Toco asas como anjos
Sobre os fios tecidos
Que alimentaram seu pranto


Farei de suas lágrimas um doce encanto
Tecerei um jardim sobre os tristes dias idos


Não se irrite com as dores sofridas
Estou aqui para lhe curar às feridas


Sinto o pulsar


Não se entregue sem lutar
Outras estrelas há no céu
Rasgue o sombrio véu


Sinta as cores das flores
Ser mais forte que suas dores
Erga-se sem temer


Toque asas como anjos
Voe, voe, voe


Sinta o doce querer
Seja bem-me-quer
Sem pétalas destecer
O seu lindo ser


Mineirim das Gerais
05/11/2011
20:18








quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Entreflorido por encantos


                        Artista: Luiza Maciel 


Entreflorido por encantos

Sutilmente seu sorrir arco-íris
Faz de meus olhos girassóis
Aos sons dos rouxinóis
Girando diante o ser-sol

A flutuar qual balão
Sinto alado o coração
Contido de inocentes emoções
Entreflorindo canções

Contemplo querumbins
sensivelmente valso pelos jardins
Tecidos pelos seus segredos

Entrevejo
O beijo

No instante do pousar
Do beija-flor
A despertar o verbo amar
Dédalo íntimo da flor

Nuvens de pétalas
Com gotas de néctar
Ensaiam em meus lábios

Deslizo entre ensaios
Com poléns ouso desenhar
Os belos contornos...
Ou harmônico som de um lindo beijar
Antes do pôr-do-sol e o luar
Para o encanto não findar

Mineirim das Gerais
26/10/2011
18:59



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Nem sempre...


Nem sempre...

Vamos junto à corrente, quando deveríamos sós navegar, nem sempre o coletivo age sensatamente, nem sempre as aprovações esperadas do outro brotaram, nem sempre o porto-seguro se encontra noutro porto, nem sempre o vento que norteia a vela e  pulsa o ser, reconhecemos em nós, nem sempre aprendemos a desatar os nós, nem sempre fluímos a partir de nossas expectativas, é tempo de renascer agora.

Mineirim das Gerais
20/10/2011
01:16

http://letras.terra.com.br/oswaldo-montenegro/1934063/

sábado, 15 de outubro de 2011

SOLTO EM RIMAS


QUANDO SÓ
TOCO UMA NOTA
EM LIVRE PENSAMENTO
VENTO


MIRAM
OS OLHOS
CÉU ESTRELADO


SINTO O INVERSO
DE SEU OLHAR


AMPLEXO
O CORAÇÃO ALADO

NO LONGÍQUO NAVEGAR
A MOVER O MAR

COM LÁGRIMAS
GOTAS DE CAQUI

SOLTO EM RIMAS
AQUI

Luiza Maciel Nogueira

Mineirim das Gerais
15/10/2011
18:12

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dialogando com um adolescente criado com xodó e com alienação parental




Wellington: e aí, blz? 

Adolescente: vou indo...

Wellington: eu vou indo e voltando

Adolescente: fala meu idioma

Wellington Bernardino diz: Indo e vindo, ou seja, em movimentos, ainda que errando e refazendo, assim com o objetivo de acertar e colher bem as semeaduras...

Adolescente diz: nem começa

Wellington Bernardino diz (09:53): Quando se vai indo, só vai conforme a corrente, quando vai e volta, você faz algo além de aceitar os fatos e propõe construir seus objetivos pessoais, seus sonhos.

Adolescente: diz (09:53) : esquece vc n consegue fala meu idioma '-'

Wellington Bernardino diz : 

sério?
Você desiste fácil?

Adolescente diz (09:55) : i need block you again ?  '-'
(eu preciso bloquear de novo?)

Wellington Bernardino diz (09:54) : ñ se esforça pra estar melhor?

Adolescente diz (09:54)NEM COMEÇA    (escrito em caixa alta, letras em maiúsculo representa que estou gritando contigo)

Wellington Bernardino diz (09:54) 

cara, eu disse q faço algo acontecer

Adolescente diz (09:59)
n é q n entendi
n quero ler '-'

Adolescente:  saindo .. flw

Wellington Bernardino Parreiras
13/10/2011
10:00 

Sinto-me assim, Passar-im!





Luiza Maciel Nogueira


Visito o universo de Luiza
Sinto-me assim
Passar-im

Quis tocar uma canção como tocam os pássaros, quis falar passarinhes, quis plainar o firmamento azul, quis bater asas livres, quis tocar as flores, quis sentir o néctar do verbo amor, quis ser sutil beija-flor, quis nascer simples, quis nascer sublime, quis valsar entre jardins ouvindo sons de dentro de mim...

Luiza, lindo o encontro de seu auto-retrato com o sensível canto dos pássaros, onde duas essências sublimes se contemplam... Ora os pássaros lhe encantam, ora você os encantam a tal ponto de os levarem a cantariar diante teu significativo olhar contido em seu pulsar.

Mineirim das Gerais

13/10/2011

09:24

domingo, 9 de outubro de 2011

Deus > d ' Eus


Wellington Bernardino Parreiras

D´'eus estou farto, agora repouso meu fardo e experencio intensamente o Espírito em Deus, enquanto desato os nós!

Mineirim das Gerais
09/10/2011
23:04

Is Bella  * O Sagrado nos manifesta singularmente, mas, saiba que  sua verdade nos edifica por meio de orações silenciosas contidas em cada gota de lágrima. Em meu caso, ainda que haja nelas  apenas o lacrimejar, por mais que os olhos estejam secos, o corpo enxarca-se pelos prantos acumulados. Cada qual com seu chorar desencadeia um desabrochar interiorano significativo e sagrado.      

 Mineirim das Gerais
09/10/2011
23:17  

domingo, 18 de setembro de 2011

Entre florindo querubins

Entre florindo querubins


Ali entre seus doces olhares e seu sorriso arco-íris

Sinto o vôo do beija-flor

Valsar por entre jasmins


Em busca do néctar do verbo amor

Íntimo de uma jovem e bela flor


Sua docilidade jardim

És o que a percebo diante de mim


Em sua fotografia

Contemplo toda sua geografia

Latente a florir


Entre florindo querubins

Com notas sutis

De sua voz


De repente desperta o girassol

Em dias sem sol

Tal qual a nós


Mineirim das Gerais

18/09/2011

13:52

Entrego-te-a-ei contas de rosário secas


Entrego-te-a-ei contas de rosário secas


Tua natureza meio despida despe minha quietude

Excita um ensaio de plenitude


Entregue às imagens sacio

Com as gotas picantes o cio


Curso a sedução sobre sua pele

Sem pressa reverencio a camisola

Não importo com os ponteiros, faço-me hora


Sua meia 7/8 em meus tatos me lança de joelhos

Entrevejo


Pauso por engano, julgo-me profano

Constato que as nuvens em minhas mãos

Eram frutos de ilusão


Entrego-te-a-ei contas de rosário secas

Sem receios que nu perca

Os gélidos respeitos


Os lábios em seus seios

Eis o que no instante desejo


Minimamente entre beijos

Encontrar acolhida em seu umbigo


Alçar vôos de beija-flor

Pousar no verbo


Ouvir soltos


Mur-mú-ri-os


Entre coxas o néctar

Sentir pulsar


No oceânico

Gozar

Ir a-mar

Adentro

Não mais bento


Mineirim das Gerais

18/09/2011

00:31

sábado, 17 de setembro de 2011

Via Única

Infâncias de Rousseau


Via única, via múltipla , - vida - , com atores diferentes vingam suas sementes a revelia, via única, múltipla via que des-via...

Mineirim das Gerais
17/09/2011
12:21

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Estou de luto, puto exacerbado


Estou de luto, puto exacerbado

Recordo que quando adolescente e no fluir de minha juventude nas mídias eram noticiados suicídios, pelo menos em Belo Horizonte, o tempo esvai e juntos esvaímo-nos em conformidade as correntes evolucionistas e desenvolvimentistas da sociedade e por haver um controle social exacerbado, novas culturas dissimulam e nos dissimulamo-nos em fina sintonia, mas a que preço? O Mundo e as pessoas vão muito bem obrigado, indicadores negativos nos rebaixariam moralmente ao primitivismo. Criamos uma sociedade falsa porque somos pessoas falsas que medrosas evitamos os bastidores de nossas atuações nas esferas sociais, PORRA UMA PESSOA SUICIDOU, PORRA OUTRA PESSOA SUICIDOU, PORRA OUTRA, OUTRA, OUTRA, OUTRA, OUTRA, E OUTRA QUE É TÃO PRÓXIMA A TI, SUICIDOU COM A PROFUNDA DEPRESSÃO, COM O VÍCIO DE DROGAS, ASSASSINATOS, E POR AÍ VAI...

Uma singela homenagem para Cris Tupinambá ex-universitária da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais, o universo dos homens perdeu uma Pedagoga e os céus e os ancestrais do Tupinambá resgataram uma mulher-menina e Pedagoga.

Estou de luto, puto

Por tantas idas sem destino

Por tantas obras do destino – sociedade –


Puto, estou de luto

Estourou

O estopim de gente semelhante a mim


Flashes volta e meia soam um sim

Quais sinos sem querubins


Rondam-me vozes suicidas

Pesam páginas em branco

Vidas se fazem pranto

Em dias cinzas


Por instantes sinto-me suicida nômade

Margeio as correntes

Com os pulsares distantes


Latente

Lá entende

La-ten-te


Ei psiu,


Tente

Sente

É gente


Mineirim das Gerais

14/09/2011

23:49

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Seja Zé, Maria ou João


Seja Zé, Maria ou João


Tenho sentimentos de um Brasil fantasia

Tenho uma expectativa comum,

Sou ainda herança


Por gerações inicia-se doce esperança

Em seguida privam o seio à criança

Ao adolescer nu


À Cida hão de dar pão

Ah, se dá-dão, roubam-lhe o feijão


Macunaíma, forte identidade

Ingênua brasilidade


Em toada seguem à politicagem

Nas entrelinhas da sacanagem


Despatriotas

Roubam-lhes as notas

Dos compassos do pseudo cidadão

Seja Zé, Maria ou João


Mineirim das Gerais

07/09/2011

23:50

Coldplay - The Scientist (Legendado) - YouTube

Expectativas Vãs


Em se tratando de relacionamentos que se acabam ou encontram-se a deriva, não acredito que voltar ao começo seja possível, porque os erros ou os pecados passados serão sempre elementos infernais, fantasmas. O casal gradeia-se entre o presente e a possibilidade improvável de um futuro ancorado em momentos bons tidos no passado, acredito que isso não seja suficientemente raiz para reflorescer os jardins contidos nos corações tanto da mulher quanto do homem.


Mineirim das Gerais

07/09/2011

02:06

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

:: “Eu mergulhei nos teus beijos quando abri o cofre da minha ilusão”::*

Escritos de Alice

Terça-feira, Fevereiro 08, 2011

:: “Eu mergulhei nos teus beijos quando abri o cofre da minha ilusão”::*

Ana desenha para passar o tempo, possui um pequeno negócio e é ávida amante de comidas frugais e vinhos brancos. É uma mulher extrovertida, engraçada e irônica, uma combinação agradável se somada a sua meiga face e seu sorriso fácil. Pedro luta Krav Magá, tem aversão a beterrabas [trauma de infância] e adora uma comida bem temperada. Eles se conheceram há aproximadamente 3 meses na turma de culinária internacional II, curso que fazem nas noites das quintas-feiras. Solteiros, em certa medida carentes, não demorou muito para que começassem a sair.

O viço da sedução em seu ápice faz com que se sorvam como se sorve água após uma maratona. Enfrentam-se com urgência, com olhos enfermos e transformam qualquer lugar em agreste. Pedro é um amante dedicado, atento aos mínimos detalhes da latência de um corpo. Ela o ouve e o segue docilmente. Para eles, o entardecer é visto como um chamado para que seus corpos sejam tocados, é quando suas mãos delineam coxas, peitos e perfumes.

No entanto, esses dois, desprovidos de força e de escuridão, às vezes, traçam conversas honestas e biliosas. A última provocou em Ana uma boa catarse, tanto que ao final mal conseguia esconder seus gemidos.

Há alguns anos, pessoas mais próximas e amigas escutam de Ana a seguinte frase: “não quero mais um namorado, quero um amor.” Dramatizações a parte, essa sentença apresenta uma de suas verdades. Pensando e se guiando por essa afirmação, ouviu domingo da boca de Pedro a seguinte colocação: “nós temos um relacionamento, mas não somos namorados.”

Palavra?

Imersa em si mesma, rememora as poucas semanas ao lado dele, a surpresa deixada no armário que causou um abafamento e um enorme sorriso, frases carinhosas ao longo dia que encabulam e desconcertam, sms provocativos que a umedecem, conversas deliciosas que só de ouvir a faz experimentar um êxtase divertido, passeios a museus e idas ao cinema transformadas em contemplação.

Ela se assombrou. Aquelas lembranças a conduziram a uma constatação que tomou conta de seu corpo. Febre. Tirou os sapatos, buscou contato imediato com a superfície. Uma serpente subiu pelo seu corpo e entregou-lhe o conhecimento. Aproximou-se da janela do quarto, apoiou-se delicadamente. Naquela noite, contemplou um céu urbano, frio e sem estrelas em agradecimento. Agradeceu por não viver as cobranças insensatas, por não presenciar a mendicância do afeto, por não ter que tentar estabelecer diálogo com alguém colérico em devaneio, agradeceu por ser livre, por vivenciar pitadas de amor, de delicadeza, de alumbramento, de tremedeira, de vontade. Pensou: Pedro, não namore assim comigo todos os dias. Deixe-me sempre em azeitoso espasmo.

Ana e Pedro não namoram, não vivem a rotina translúcida e opaca, não tem rótulo, mas se beijam muito. Ana e Pedro se (re)(des)encontram.

* verso retirado da música Beijos, de Cartola.