sábado, 9 de junho de 2012







Eu não sei na verdade quem eu sou...

Volta e meia, não sabemos quem somos, natureza comum a todos nós, máxima inegável, caso contrário nos encontraríamos melhores, enquanto seres, visto que ainda não nos evoluímos em igual proporção aos avanços científicos e tecnológicos, contudo desprezamos a fonte vivaz que nos trouxe os demais conhecimentos, sim me refiro ao autoconhecimento de nossa psique humana, a tememos pelo simples fato de nos redirecionar em estados racionais em que nos assemelham à criança que ainda tem muito a aprender... 

Além de considerar que ingenuamente que nunca atingiremos um amadurecimento humano adulto, visto que não nos traria um fechamento ideológico de que um dia nos tornaríamos um ser pronto-acabado, totalmente estruturado e sem vinculação com os seres passados, estes tão essências para nossa formação humana, já que será irrevogável nossa sucessão de seres, ou seja jamais poderemos negar os tempos idos de nossa natureza formativa, iremos sempre resgatar consciente ou inconscientemente os estágios da infância, dos prazeres constitutivos do ser criança, do desbravar da adolescência e juventude e por fim a inconclusiva estação do ser adulto que não se finda e não compreende sua função psicológica e biológica.... 

Sabemos o que é ser criança, o que significa a infância, o adolescer e a juventude, porém não sabemos o que seja o tornar-se adulto, sobretudo em nosso tempo tão desprovido de expectativas sobre o envelhecer, talvez se compreendêssemos e não relutássemos com a ideia de envelhecimento seriamos capazes de compreender o que seja ser adulto e o quão tão linda e significativa seja sua natureza em sintonia semelhante foram em seus devidos tempos as demais sucessão de seres vividas por cada um de nós.

Eu não sei na verdade quem eu sou...

Causa um assombramento referente à existência em função do peso da pena que pesa a vida, transpomos para o ser, os sentidos e significados da materialização da subjetividade do Espírito, tornamos alma o que era abstrato e valoramos as fôrmas ao invés essências que as tornam possíveis de seres tocadas e empregadas às necessidades meramente efêmeras da condição humana diante sua vulnerabilidade natural e por negação e audácia nos tronamos o primeiro e maior predador do planeta Terra, embora tantos seres sublimes nos fizeram e nos refazem o convite moral e ético para que nos posicionemos humildemente frente à Natureza que não nos escraviza, pelo contrário nos potencializa para que juntos ao pulsar da existência absoluta possamos dedicar e superar os mistérios contidos na sobrevivência comum.

Eu não sei na verdade quem eu sou... 

Na sociedade do espetáculo o Teatro Mágico nos sinaliza e nos permite reorganizar o ser, além de colocar em seu devido lugar o materialismo, nos evidência severamente os desequilíbrios comportamentais que trazem desesperanças em dose dupla tanto para como nossas crianças, adolescentes e jovens quanto a nós mesmos que ainda comungam com os mesmos princípios afetivos e racionais que ainda dialogam com as sucessões de seres pelas quais já passamos e ainda circundamos ao passo que nossas experiências foram repassadas as novas gerações, estas que sem compreender ao certo o que lhes acondicionam num mal-estar existencialista se desmancham ao assistirem declinar diante seus olhos e sentimentos os heróis que um dia lhes ensinaram o significado de ser humano.

Abraços fraternos,
Wellington Bernardino Parreiras 
09/06/2012
12:20

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