sexta-feira, 1 de julho de 2011

Infinitos d’eus – Suplica eu!

Infinitos d’eus – Suplica eu!

Atravancado em meu sentir desço à neve e sinto a gélida ausência de minha presença, redescubro que dentre os desencontros há muitos encontros a encontrar quando sutilmente avisto no íntimo de meus olhos o olhar, sinto ofuscar minhas percepções mais ilustres que gradeiam entre tempos de meus seres sidos e ser sendo, quando desbotado pelo embrutecimento do ser descalçado ao longo do crescimento que abrevia o florescer do sol e o turva ao se pôr nas entrelinhas para além horizonte perceptível ao meu singelo majestoso existir, sensações invadem meu corpo misturando-o entre dimensões indecifráveis de mim mesmo, toco atônito a consciência do corpo que se manifesta a procura de mecanismos plausíveis à vital ciência do pulsar e sinto enrijecida a psique que fora assassinada e suicida no transpor do infinitos d’eus. Corro, ei, psiu eu existo? Nasci só, cresci só, envelheço só, desço à neve e sinto a gélida existência que pena com o peso de sua pena.

Mineirim das Gerais

01/07/2011

00:19

Um comentário:

Celso Mendes disse...

o auto-descobrimento passa pelo conhecimento do próprio vazio existencial às vezes e os questionamentos são inevitáveis. se perceber ausente de si próprio foi uma colocação muitíssimo interessante! excelente texto.

abraço!