Deus
é para mim a união de
todas as maravilhas da Natureza, inclusive eu mesmo. Crer em sua inexistência
ou duvidar da mesma, me levaria em apenas crer nas coisas humanas e tudo que deriva humanamente. Desde quando me entendo por gente, "dito popular mineiro, um tempo em que uma pessoa começa a ter consciência de si mesmo e do mundo ao redor", tenho cá para mim que há muitas coisas que intrinsecamente estejam ou sejam ligadas ao homem, em demasia concentram-se incongruências de naturezas: cognitiva, moral,
ética, espiritual e emotiva, das quais carecem re-leituras alinhadas a re-leituras teóricas e de condutas práticas, ou seja, que haja de fato a práxis humana tal como nos ensinou Jesus Cristo.
Crer
ou ter fé em algo que seja enigmático à racionalidade humana, potencializa os
sentidos e significados de minha existência, ao passo que se tomasse eu o homem
enquanto um ser superior, me recolocaria na condição humana de vida e
sub-viveria consubstanciado de Leis superficiais e de eu-centrismo caóticos e
insensíveis.
Por
conseguinte não desprezo o grau, o gênero e o número da faceta do homem de
sobrevivência, entretanto isso não o faz fruto autogestativo, apenas uma
espécime com habilidades especificas de linguagens e técnicas passíveis de
transformações que implicam responsabilidades com as partes do todo que compõe
não somente a si próprio, como todo o universo mensurado pela existência
humana.
Sou
fruto de uma família que se consolidou dentro de uma cultura social da qual
deriva uma consciência moral da Religião Católica Apostólica Romana, sempre fui
a igrejas desde criança, ainda pequenino ano pós ano assistia minha segunda mãe
adotiva encenar A Paixão de Cristo, era lindo e envolvente, até iniciar a
procissão, quarteirões e quarteirões fim de noite e madrugadas adentro, ilógico
para mim.
Ao
passar dos anos cresci e minhas idas à igreja passaram a ter sentidos e
significados não pelos sermões e tampouco em função do carisma dos padres,
nananinanão, havia sim uma questão de obrigação por parte dos pais, ao passo
que os mesmo deixaram de ir à igreja, isso era contraditório. Talvez houvesse
uma tremenda necessidade de fugir da severidade dos pais ou da estupidez
televisiva, Silvio Santos Vêem Aí... Ou quem sabe uma boa oportunidade de fazer
amizades e conhecer alguma garota interessante.
Ah,
recordo-me e posso sentir o frescor de bons tempos idos... Embora tantas
inquietações por conta da linha do equador natural às igrejas, quantos calores
tostavam e suavam as camisas passadas por minhas mãos, quantas longínquas contextualizações
morais e éticas para com a minha juventude da época, que não se condiziam com
minhas condutas?
Pecado
maior era não estudar, naquele tempo mãos de ferro deliberavam a conduta de
filhos temerosos à educação moral e cívica do seio familiar, os pais ou pai ou
mãe que educavam seus filhos, normalmente educavam com rigor irrevogável para
uma criança e adolescente, ou seja, o respeito era dado por um preço de até
arrancar o couro.
Recordo-me
que só pus uma gota de álcool em minha boca aos 24 anos de idade e as festinhas
sejam de aniversários ou casamentos da vizinhança eram terminadas normalmente
antes das 22:00 com a micagem dos pais ou simplesmente com a mãe hiper
protetora no portão para nos pegar... Que pecado rondaria jovem assim?
O
viço de bons tempos idos... Presentes no instante no qual lhes escrevo tais
reflexões sobre o Sagrado e o homem, a espiritualidade percebida, sentida e
vivenciada por mim, nada mais era do que os encantamentos da pureza contida nos
entreolhares, doce pecado consentido por Deus, pela minha consciência
simplesmente só havia contemplações e gratidões tanto aos meus pais adotivos e
ao universo belo que propiciava tantos encantamentos e belezas e por fim uma
sutil faísca suscitada ao folhear uma das revistas pornôs de meus pais que deu
ideias de como nascemos e, além disso, os desencontros morais que iam de encontro
à Consciência Moral que fluía em mim que era contrária as praticadas pelos
adultos.
Ao
longo dos tempos Deus se “desenvolveu/manifestou” concomitantemente com o meu crescimento
humano, todavia mais e mais mistificado e intocável segundo os dogmas de uma
verdade sombria, gélida e descontextualizada na práxis convivência entre homens,
toda via, re-velando sua manifestações fenomenológicas as quais mantive
reservadas comigo.
A
passagem entre criança para adolescente traz um curta-circuito, de adolescente
para jovem um duplo-curta-circuito e de jovem para adulto um
triplo-curta-circuito. No entanto em se tratando de sabedoria, sensibilidade e
solidariedade Deus concomitantemente se faz presente no íntimo de cada ser, mas
infelizmente uns por concernir a condição humana de ditar sua ordem de
sobrevivência, acaba por perder o laço vital, por conseguinte tragicamente podendo
ter como conseqüências desfechos infelizes e irremediáveis como: ao diagnóstico
de loucura, ao suicídio ou à criminalidade de quaisquer naturezas, pessoas e
circunstancias por mais insignificantes que nos pareçam.
Deus
é um esperançar prenhe de sentidos e significados percebidos, sentidos e
experimentados por cada um de nós em dados momentos e estados específicos em
conformidade as vibrações espirituais em que estamos: de nossas andanças e não
andanças, das nossas escolhas e nossas nãos escolhas. Para tanto faz necessário
que estejamos equilibrados nos aspectos físicos, emocionais, psicológicos, ou
seja, que estejamos com as bases humanas em temperança, em harmonias mínimas pelo
menos, o corpo, a mente, o sentimento, a saúde alinhada à alimentação, a mente
alinhada aos bons ensinamentos e conhecimentos e o sentimento alinhado ao
Sagrado, a si próprio, ao outro e à saúde do corpo físico e espiritual.
Deus
é o entrelaçar do enigmático com o tangível a nossa perceptividade evolutiva do
Espírito que nos retroalimenta segundo nossas carências e grau de consciência,
Ele é a Fonte de Luz que reluz no sombrio estado humano.
Deus
é ímpar entre homens, entretanto um Espírito consubstanciado de benevolências
idênticas reveladas em tempos próprios a cada um segundo suas habilidades e
competências humanísticas.
Deus
é para mim um Criador, quanto o homem é um plagiador sem vergonha que suplanta
os méritos da Natureza que nos concede mecanismos de sobrevivências, inclusive
a nossa própria natureza(condição humana)pensante. Atribuo a tudo que seja
benevolência a Deus e a tudo que expressa injustiça, discrepâncias moral,
ética, emocional e psicológica ao homem.
Wellington
Bernardino Parreiras
27/04/2011
01:54
2 comentários:
olá! deixei um selinho para vc em meu blog! é uma brincadeira entre os blogs!rsrsrs.. abraços...
www.alemdosorigamis.blogspot.com
Diante dos destroços que a vida empreguina por meio dos fundamentalismos humano entre as relações com o Sagrado e o humano, percebo Deus a partir de minhas escolhas, impotências humanas e solidão e findo com os ensinamentos dogmáticos das religiões e entidades que julgam não serem religião, mas que nas entrelinhas dogmatizam os seus dissimuladamente. Sei que não sou o único e tampouco o último a conflitar com a minha psique e a psique social, mesmo assim ouso em expressar para que os adolescentes e jovens tenham a dimensão da realidade que também é distorcida para além horizonte de sua existência humana-individual.
Abraços fraternos,
Wellington Bernardino
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