sexta-feira, 8 de abril de 2011

Me senti uma menina - Camila Carrari


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Me senti uma menina

Camila Carrari

Me senti uma menina.
E foi assim, como há muito não era.
Da sensação de ser tirada do chão em um rodopio,
À alegria de (re) ver os olhos negros e profundos de um animal.
Da proteção ao abandono em poucos segundos em qualquer lugar maior que meu quintal.
Foi assim.
E o que virá depois?
Cresci, envelheci.
E ainda tenho uma infância para viver.
Não quero (re)começar tudo de novo.
Perdi a capacidade de prometer.
Tão pouco a de juramentar.
Tenho medo.
Embora, como próprio das infâncias, a esperança não me deixa e os sorrisos me escapem...

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Minha percepção

Minhas esperanças sempre estiveram conectadas ao instante presente e as presenças de minhas fases bem vividas, ainda que tortas e inexperientes, elas foram intensas, belas, livres e autênticas - passado, criança, infância, adolescência e juventude -.

Hoje com meus 37 anos e principalmente após sentir toda poesia de Camila Carrari, percebi e me percebi num continnum esperançar e que ele se faz presente ainda que sem promessas e juramentos,- é algo que se sente vivaz e imutável, é um gerir consubstanciado de plenitude Sagrada e pureza de criança -, sempre fidedigno à existência que me revela uma vida distinta do ser adulto que percebi quando criança, adolescente e jovem, bem como percebo enquanto um adulto em processo.

Nunca fui julgado culpado pelas minhas promessas e julgamentos porque sempre vivi comigo e com o Princípio que me criou e conduz, assim como as minhas lembranças são sempre vivazes,como um arco-íris e os vôos de borboletas sobre tulipas, flores de lis, jasmins, margaridas e orquídeas de minha singela existência. Volta e meia estou entre momentos lindos e eternos revelados pela minha doce escritora Carrari.

Abraços fraternos,

Mineirim das Gerais

08/04/2011 00:22

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