quinta-feira, 31 de março de 2011

Subterfúgios da psique de indivíduos românticos

Eis a Questão: Amar ou Armar - Releituras Sobre Atos Pós Desilusões Amorosas

Meu caráter é sensível, meus objetivos subjetivamente românticos, meu esperançar o verbo do amor, ainda que na realidade dos fatos seja eu o boto em meio ao mar...

Mineirim das Gerais

12/03/2011

19:10

Entre os nós de um ser só, ponho a refletir sobre os subterfúgios da psique de indivíduos românticos e constato que há apenas duas alternativas óbvias.

Em um dos casos a pessoa se resguarda por meio de um policiamento consciente ou inconsciente de tal modo que o sujeito se torna ácido e desértico em toda extensão da vida e isso independe do tipo de relacionamentos. Em casos assim pode desenvolver uma depressão extrema ou uma falsa liberdade moral, podendo até ser passível de relações abertas ou simplesmente ser o Don Juan exacerbado – no caso o gênero sexual não restringe ao masculino apenas, trato os atos sem distinção alguma, uma vez que o que regi em ambos os sexos seja o Espírito contido no id, ego e superego freudiano -.

Noutro caso a pessoa se disciplina objetivando potencializar quaisquer possibilidades de relacionamentos, isso pode gerir conflitos e agravar substancialmente os desencontros de outrora. Penso que seria interessante principiar pela busca de compreensão dos fatos tidos e posteriormente aceitar o que ocorrera e compreender que pelo menos algo de bom houve, pois ambos foram lapidados para futuras relações, talvez até o reencontro da própria relação “perdida”, todavia isso seja um caso em trilhões, haja vista que são poucos de espírito elevado, comumente temos um ou outro na relação.

Quando a pessoa passa a potencializar um relacionamento ímpar – idealizar o relacionamento ideal, aquele que nos fala o coração, agora sim, estou com a pessoa certa, entretanto isso cria uma falsa moral, já que ainda não fora bem resolvido e ficou algo inacabado no megabyte do coração -, enfim, subjetivamente mecanismos de defesa cria uma realidade paralela e efêmera.

Não obstante faz a pessoa consciente ou inconscientemente instigar um esperançar sublime. Entretanto não a permite compartilhar o feio, o perverso e a frieza tida em seu último relacionamento, isso ocorre já que a pessoa teme não mais sentir as benevolências presentes na paixão e em sua consolidação amorosa - o amor -, bem como sofrer julgamentos descontextualizados e frívolos.

A que veio minhas reflexões sobre os desencontros naturais de um relacionamento a dois? Quais os objetivos específicos e geral tendo alcançar?

O que relato não deriva apenas da vida alheia, o que observei a longa data das inúmeras analises percebidas nas conversas do divã virtual das redes sócias – Facebook, MSN, Yahoo Messenger, Orkut, etc., apenas, isso de fato me auxiliou, todavia minhas reflexões são oriundas de minhas experiências tidas em minhas relações entre as exs paixões e amores de minha existência humana.

Ao expor tais reflexões, penso em primeiro plano reforçar minhas releituras para um ressignificar moral, ético, espiritual, intelectual e emocional, buscando assim uma consciência consciente de meus mecanismos corpóreo e espiritual que me configuram enquanto humano e em segundo plano quem sabe, colaborar para com os demais que se encontram em situações semelhantes as minhas, contudo sem ousar emitir aqui uma receita infalível, já que cada qual tem suas referencias de vida, suas estrelas guias, suas percepções sensitivas, intelectas e espirituais.

Exemplificando de modo mais louco diante a tudo escrito acima, mas é um exemplo que me veio à mente, paciência.

É como passar a infância e a adolescência indo e vindo da casa de um familiar distante de carro com os pais, os trajetos apreendemos de cor e salteado, no entanto quando adquirimos nossas concepções de mundo de liberdade, até chegamos a seguir os trajetos de nossos pais, mas vamos descobrindo novos trajetos e meios de ir e vir mais acessíveis as nossas qualidades e conveniências. O princípio fraterno coexiste, mas o modo de percebê-lo, de experimentá-lo e coexistir em nosso tempo-espaço sócio-histórico se dá de modo ímpar com seus sentidos e significados adequados a nós.

Wellington Bernardino Parreiras

Mineirim das Gerais

12/03/2011

20:30

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