sábado, 4 de julho de 2009

Machael Jackson - Imortalidade


A imortalidade humana se dá em função da permanência de sua espécie, de seus construtos sociais, culturais, tecnológicos, enfim de suas linguagens materializadas, bem como de tudo que lhe é abstrato, em resumo, tudo aquilo que seja passível de racionalidade, registro e etc.


Por mais que cientificamente somos capazes de cientificar inúmeras representações simbólicas a nossa existência, a Ciência ainda não possui mecanismos comprobatórios da vida extracorpórea.


No entanto a imortalidade nos apresenta de múltiplas maneiras, cada qual constitutivamente segundo a filosofia de suas gêneses, por exemplo, as religiões em especial as do ocidente, bem como a força persuasiva da mídia sobre os desejos subjetivos do homem.


As religiões tem em suas filosofias uma concepção em que a vida corpórea ao término de sua existência física, há de encontrar um outro mundo ou o regresso da alma humana, tal crendice se baseia em um eterno retorno do homem ao paraíso, este que junto ao Pai criador uma nova vida se iniciará.


Quanto ao outro exemplo, seu princípio é tão maquiavélico quanto os princípios que norteiam as crendices ensinadas pelas religiões. Ambos em muitos casos suplantam o espírito humano, a gênese intelectual da espécie, para fins particulares, exercem um poder que resulta em bons ganhos a uma minoria que gestão a vida alheia.


Como fantoches pré-destinam seus fiéis seguidores religiosos ou consumidores a um estado adestrante, retomando ao exemplo mencionado, a imortalidade midiática, graças aos avanços científico-tecnológico e a reorganização do sistema capitalista, tudo que é fonte de criação e/ou inovação humana torna produto, este que em nossa cultura suplanta ao próprio sujeito do objeto, o homem se escraviza cegamente, graças aos jogos do consumo.


Diante tudo isso, Machael Jackson se imortalizará não somente e se for pelo simples fato de representar uma essência que contribuiu para que novas proposta de vida sejam possíveis de deixarem á margem social, tal perspectiva seria um grande ganho, entretanto, o que tornará um marco imortal, são as especulações em volta a sua trajetória de vida e se morreu de morte morrida ou de overdose, sem esquecer da importância simbólica de torná-lo um rei das artes, ainda que efemeramente, já que no Reality Shows Midiático, afinal o propósito da cultura do consumo nada é eterno, tudo perece, tudo dá lugar as novas manchetes-fofocas.


Aos que como eu que aos meus 35 anos recordo das músicas de Machael Jackson, deixo aqui meus graciosos abraços e desejo que cada qual trace suas percepções sobre este menino-homem que mostrou a humanidade que é possível um bom relacionamento interiorano entre o ser adulto e o ser criança sem que haja uma deformidade na essência humana, afinal de contas somos dotados de ração e emoção.


Quanto ao episódio das criancinhas, acredito que seja algo oportunista, uma vez que, parece não haver provas, talvez seja o preço da escravidão de etnias atípicas. Imaginem uma criança negra e pobre tocar as estrelas por meio da beleza e encantamento das artes que nos faz tão humanos quanto quaisquer pensamento cartesiano, isso de fato dá nós em um racionalidade genuinamente segregadora.


Wellington Bernardino Parreiras

Mineirim das Gerais

04/07/2009 14:30

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