terça-feira, 14 de julho de 2009

Dia de cinzas

Está foi a forma de lhe dizer que em silêncio eu acreditei em seu apoio, apenas em silêncio, acreditei que leras os sinais, de meus encantamentos e planos, tudo isso após eu ter transformado minha desilusão ara com o real e re-encarado a vida e ressignificado meu existir não compreendido pela humanidade.


Hoje o dia é de cinzas
os segundos um tormento
o término de horas um sofrimento


A cada último minuto a dor da desilusão
E no conjunto das horas
A esperança vai embora


E a certeza da solidão
De re-conhecer seus planos sem aceitação
E nenhuma amiga mão
De confiança


Dói a ausência de aliança
E o retorno do estranho ao ninho
Movendo moinhos
Contra as marés


No oceano do existir
A bradar com a vida
Sem companhia
Apenas resistindo
Com uma filosofia
Atípica
Qual louco no hospício
Sem reflexos
Sem remédios
Sem razão
Simplesmente consumidos
Por emoção


O sonho irrealizado
Finda em um lenço
Secando lágrimas
Limpando catarros

Wellington Bernardino Parreiras
Mineirim das Gerais
14/07/2009
09:35

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